Julyete Louly
Hiperativa Comunicação
A destinação das sobras líquidas apuradas no exercício anterior é pauta da Assembleia Geral Ordinária (AGO), que será realizada no dia 23 de julho, pela internet. A proposta do Conselho de Administração da cooperativa é incorporar as sobras líquidas apuradas em 2019, no valor de R$ 1.176.361,34, ao Fundo de Reserva Legal. A incorporação fortalecerá a estrutura patrimonial da cooperativa, garantindo a oferta de crédito mais barato.
Entenda
O capital social forma o patrimônio da instituição e com ele a cooperativa tem condições de ofertar operações de crédito. O capital social é a soma do valor da capitalização mensal dos associados, no formato de cotas-partes. Por conta do envelhecimento do quadro social e da política de resgate da cooperativa, o capital social vinha registrando baixo crescimento. Por isso, em 2018, a AGO aprovou alterações na política. “Quando os resgates se tornam mais frequentes, sai mais dinheiro do que entra. E isso tem acontecido basicamente por causa do envelhecimento do nosso quadro social. Por isso, precisamos conquistar um público mais jovem para podermos continuar ofertando crédito sem prejudicar os negócios da cooperativa”, explica Luiz Lesse Moura Santos, presidente do Conselho de Administração do Sicoob Executivo.
Atualmente, o capital social da cooperativa gira em torno de R$ 21 milhões (cresceu apenas 1,42% nos últimos 12 meses), enquanto a carteira de crédito ultrapassa os R$ 68 milhões (com crescimento nos últimos 12 meses de 11,55%). Assim, o capital social não é suficiente para atender à demanda de crédito e, por isso, a cooperativa capta recursos junto aos associados na forma de Depósitos à Prazo – Investimentos e junto a outras instituições externas vinculadas ao Sistema Sicoob, especialmente do Sicoob Planalto Central e o Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob), atendendo assim todas as demandas de crédito do quadro social. “Essa prática é comum no sistema financeiro nacional, onde as cooperativas e demais instituições captam recursos daquelas pessoas poupadoras, na forma de investimentos, e repassam para as pessoas e empresas que estão precisando de crédito. Entretanto, para buscar esses recursos, a instituição precisa de uma estrutura mínima de capital próprio, ou seja, de patrimônio que venha a dar lastro para estas operações”, afirma Lesse.
Índice de Basileia
Com a demanda por crédito crescente, a cooperativa deve apresentar lastro financeiro para captar recursos e poder atendê-la. Um dos indicadores que o Sistema Financeiro Nacional considera é o Índice de Basileia, que aponta a relação entre o patrimônio de referência de uma instituição financeira e o valor dos seus ativos ponderados pelo risco. Apresentando um bom índice de Basileia, significa que a instituição possui capital suficiente para aguentar riscos de perda inerentes à atividade. O Banco Central do Brasil recomenda Basileia de 12%, mas com a pandemia, caiu para 10%. Se o Basileia for menor que que esse mínimo, a instituição financeira não é vista como confiante pelo mercado.
Com o envelhecimento do quadro social da cooperativa, a baixa no capital social e a demanda por crédito crescendo, o índice de Basileia da cooperativa sofreu uma queda. Com a crise de 2014 e seus efeitos nos anos seguintes, foi registrado grande número de inadimplência em 2016, o que gerou prejuízo de R$ 1,6 milhão. Naquela época, a cooperativa cobriu o prejuízo com recursos do Fundo de Reserva. As sobras de 2017 foram suficientes para repor o valor e as sobras líquidas referentes a 2018. Com isso, houve uma redução no indicador apresentado pela cooperativa.
Em 2019, houve mudança de metodologia para cálculo do Índice de Basileia, o que exigiu incremento das instituições financeiras em seu Patrimônio Líquido. O índice da cooperativa chegou a 13,02% em novembro de 2019. Com isso, ficou em estado de evidência junto ao Sicoob Planalto Central, que para além do mínimo estabelecido pelo Bacen, determina um mínimo do Basileia para suas filiadas, 14%. Por conta disso, no final do ano passado, o Sicoob Executivo teve que apresentar à sua Central o Plano de Ação de Enquadramento do Índice de Basileia, com objetivo de elevar o índice a 17% até 30 de junho de 2020.
Entre as medidas adotadas estão: redução de despesas administrativas, cortes de convênios, renegociação de contratos, aumento de receita, campanha de capitalização, elevação de destinação das sobras brutas e mudanças na política de resgate de capital. A destinação das sobras líquidas de 2019 também é uma proposta contida no plano de ação. Com isso, se a Assembleia destinar as sobras líquidas ao Fundo de Reserva Legal, irá contribuir de forma significativa para elevar o índice de Basileia da cooperativa e alcançar a meta de 17%.
Por que destinar recursos ao Fundo de Reserva Legal?
O patrimônio líquido é formado pelo capital social e pelas Reservas Legais, um recurso para a cooperativa recorrer se tiver algum prejuízo. Por isso, o Fundo de Reserva Legal contribui fortemente para o cálculo do Basileia e a recomendação é que ele seja sempre maior que o capital social. Atualmente, o Estatuto Social do Sicoob Executivo estabelece que das sobras brutas, 60% vão para as Reservas Legais e 10% para o Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (Fates). Entretanto, as sobras líquidas, que ficam à disposição da Assembleia para decidir o que fazer com o montante, podem ser destinadas também ao Fundo de Reservas Legais.
“Propomos a destinação das sobras líquidas ao Fundo de Reserva Legal para fortalecer a estrutura patrimonial da cooperativa, porque quanto mais forte, mais condições ela tem de oferecer produtos e serviços mais baratos ao associados. E essa é a nossa missão: prestar serviços financeiros e bancários aos cooperados com taxas sempre mais baixas que as do mercado. E ofertar crédito mais barato só é possível com a situação financeira da instituição em dia”, avalia Lesse.
Luiz Lesse lembra que a cooperativa já oferece crédito mais barato. Exemplo disso é o cheque especial, cuja taxa média do mercado é de até 8%, enquanto na cooperativa é a partir de 4,20%. Outra demanda que precisa do fortalecimento da estrutura patrimonial é o crédito imobiliário, que tem sido bastante procurado pelos associados.
Cadastre-se para participar da Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária
O cadastro só precisa ser feito uma única vez. Após informar os dados à sua cooperativa e baixar o Sicoob Moob, você estará apto a participar das pré-assembleias e das assembleias, inclusive para votar. O cadastro deve ser feito pelo e-mail ago.age2020@sicoobexecutivo.com.br ou pelo telefone 0800 725-6575. Depois, baixe o aplicativo Sicoob Moob e confirme presença no evento.
Assembleias premiadas
Durante a Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária, que será realizada no dia 23 de julho, e pré-assembleias, haverá sorteio de prêmios para os participantes. Para os associados que baixarem o app Sicoob Moob até o dia 22 de julho (para fazer jus aos prêmios, o sorteado deverá estar presente no momento do sorteio) também haverá sorteio. Assim que houver definição dos prêmios da Assembleia Geral e para quem baixar o Moob, será feita divulgação neste site e nas nossas redes sociais.
Links importantes
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Edição: Elizângela Araújo