Tudo se baseia na lei da oferta e da procura. Imagine um estrangeiro querendo investir no Brasil, comprar ações. Ao entrar no País, ele terá de trocar seus dólares por reais. Isso faz com que a cotação da moeda norte-americana caia, pois haverá mais dólares disponíveis no mercado. Por outro lado, ele usará esses reais para comprar ações na bolsa de valores. Isso fará com que o valor das ações da bolsa suba. O contrário também ocorre: quando os índices da bolsa caem, é sinal de que há poucos investindo em ações. Como o volume maior de investimentos é feito por grandes instituições, e muitas delas são estrangeiras, isso é um sinal de que há pouco dólar entrando no País. Pela lei da oferta e da procura, a escassez favorece o aumento do valor do dólar.
Quanto mais os estrangeiros investem no Brasil mais reais eles demandarão. Com isso, mais desvalorizado estará o dólar frente ao real. Esse mecanismo explica, em parte, o porquê de o preço do dólar e o índice Bovespa caminharem em sentidos opostos na maioria das vezes.
Todavia essa não é uma regra fixa. Ao investir no Brasil, o estrangeiro pode também optar por comprar títulos da dívida pública, ou mesmo investir na indústria, ou na produção por meio da ampliação de unidades fabris já instaladas, por exemplo. Nesses casos, os reais adquiridos não são direcionados à Bovespa, mas sim a outros fins. Haverá, portanto, desvalorização do dólar, no entanto, o iBovespa poderá subir ou cair puxado por outros motivos.
Fonte: Oficina das Finanças