Qual é sua dúvida?
Você está se preparando para financiar um imóvel? Para morar ou investir? Um carro novo? Ou precisa apenas começar a entender como ajustar as finanças? Não importa seu nível de educação financeira. A gente sabe que sempre tem aquele plano ou sonho que precisa de uma forcinha para se realizar ou sair do papel. Conte com nosso consultor! Envie sua dúvida pelo formulário abaixo.
Devido ao financiamento ter sido feito através de financeira, é importante lembrar que após 3 parcelas vencidas em atraso ela tem o direito de solicitar o bem de volta para leiloá-lo com o intuito de liquidar a dívida. Nesse tipo de financiamento as primeiras parcelas possuem muito mais juros do que amortização, assim como as últimas parcelas possuem mais amortização do que juros. Dessa forma, se o item for a leilão, o valor de venda pode não ser suficiente para quitar a dívida.
O recomendado nessa situação é tentar inicialmente uma negociação com a financeira. Veja se consegue refinanciar o valor de forma que as parcelas caibam em seu orçamento. Importante observar que caso opte por refinanciar com a mesma ou outra instituição financeira, não deve fazê-lo por uma taxa de juros maior do que a que tem hoje, pois isso acabaria no futuro indo contra você. Outra opção é vender o ágio do veículo, repassando o restante do financiamento ao novo comprador. Dessa forma, você recuperará parte do que já pagou e poderá procurar um novo veículo com condições que possa assumir.
Por diversas razões, não são poucos os brasileiros enroscados em dívidas. Para sair do atoleiro, é necessário muita disciplina financeira. Para quitar as dívidas atrasadas, é necessário não só listar e renegociar as dívidas existentes, mas também fazer sobrar dinheiro, o que muitas vezes requer que se reduza as despesas ao mínimo possível (afinal, uma situação emergencial requer medidas drásticas) e se busque fontes de renda extra. Toda a sobra deve ser direcionada para pagar as parcelas atrasadas. O envolvimento e comprometimento de toda a família é essencial para que esse plano tenha sucesso.
Qual dívida pagar primeiro? Comece pela mais cara, ou seja, a que tiver a maior taxa de juros (e não a que tiver a maior parcela ou o maior saldo devedor). Muitas vezes, essa costuma ser a dívida do cartão de crédito ou do cheque especial. Leia o contrato de empréstimo e anote todas as informações que puder sobre a dívida: taxa de juros pactuada, número de parcelas, valor das parcelas, total do empréstimo e índices de correção. Contate seus credores e converse com eles sobre o seu interesse em pagar as parcelas atrasadas e a sua dificuldade em fazê-lo. Eles certamente terão interesse em reaver os valores atrasados e para isso, poderão reduzir os juros ou aumentar o número de parcelas para reduzir o valor de cada parcela. Como incentivo, saiba que o Código de Defesa do Consumidor garante ao mutuário que renegociar suas dívidas o direito de ter seu nome retirado da lista de inadimplentes.
Você também pode recorrer ao Procon de sua região para ajudar. Muita gente pensa que por estar devendo não tem o direito de fazer uma queixa contra seu credor, mas é possível denunciar juros abusivos, cobranças agressivas ou qualquer outro descumprimento contratual por parte do credor caso não seja possível encontrar uma solução amigável. Para isso, é necessário ter em mão o contrato de empréstimo com todas as informações identificadoras do credor.
Em qualquer situação, buscar um acordo diretamente com o credor e evitar a lenta e burocrática via judicial é uma boa ideia. Um advogado especializado pode-lhe orientar melhor sobre que caminhos procurar, e essa primeira consulta costuma ser gratuita.
Para decidir entre manter um investimento e adiantar a quitação de uma dívida, é necessário comparar as taxas de juros da dívida e do investimento. Se, por exemplo, você estiver pagando 1,5+A8:C33% ao mês num financiamento e tem dinheiro em poupança rendendo 0,5% ao mês, vale a pena sacar o dinheiro da poupança para quitar parte da dívida.
O planejamento mais adequado para a aquisição da casa própria dependerá de diversos fatores, como a pressa que se tem para adquirir o imóvel e como está constituído seu patrimônio financeiro hoje. A melhor maneira de adquirir um imóvel é pagando à vista, mas caso não deseje esperar até juntar o montante necessário, será preciso contratar um financiamento. Muitas instituições financiam o máximo de 80% do valor do imóvel, o que significa que você terá de depositar pelo menos 20% do valor antes de contratar o financiamento.
Costuma-se recomendar que as parcelas da dívida não ultrapassem 1/3 de sua renda bruta mensal, mas cabe a você verificar se conseguirá cumprir com os compromissos assumidos, tendo em vista suas despesas fixas e variáveis atuais e futuras. Uma forma prática de verificar isso consiste no seguinte: antes de assumir o financiamento, procure separar mensalmente o equivalente à parcela da dívida em uma conta-poupança. Após seis meses, você terá uma ideia melhor de como esse financiamento impactaria suas finanças no dia a dia e poderá decidir melhor se as condições do financiamento lhe são realmente viáveis.
Recomendamos que pesquise em diversas instituições financeiras as melhores condições de financiamento. Veja, também, se é possível se enquadrar em algum programa governamental de facilitação de crédito imobiliário. Dê preferência ao SAC (Sistema de Amortização Constante) em vez do Sistema Price. Apesar de causar parcelas maiores no começo do contrato, o SAC acaba por ser mais vantajoso para o mutuário, pois resulta em uma amortização mais rápida do financiamento e, consequentemente, um pagamento menor de juros ao longo do período. Procure também financiar pelo menor prazo possível; apesar de as instituições concederem créditos de até trinta anos, é pouco recomendável assumir um compromisso tão longo, tamanha a dificuldade em se prever como estará sua vida pessoal, profissional e financeira então.
Finalmente, atente-se ao fato de que, em qualquer caso, as parcelas do financiamento sempre sofrem correção por um índice de preços, geralmente o INCC para imóveis em construção e IGP-M para imóveis prontos. É muito importante levar essas correções em consideração, pois elas podem levar a parcela a aumentar em 5% ou 10% por ano, e devem fazê-la dobrar de valor aproximadamente a cada dez anos.