Julyete Louly
Hiperativa Comunicação
A busca por melhores modelos de governança nas cooperativas de crédito tornou-se um desafio para garantir a solidez e transparência dessas instituições. O Banco Central do Brasil (Bacen) determina, na Resolução 3.859/10, a segregação da estrutura de administração (Conselho de Administração e Conselho Fiscal) das atividades de gestão (Diretoria Executiva – Direx) dessas instituições financeiras. Para atender a essa determinação, no ano passado, os associados deliberaram, durante a 36ª Assembleia Geral Extraordinária (AGE), a adoção de um novo modelo de governança para o Sicoob Executivo: o dual puro. A mudança veio para qualificar ainda mais a gestão da cooperativa e, consequentemente, melhorar o serviço prestado aos associados.
A principal diferença entre o novo modelo e o modelo monístico, que prevaleceu na cooperativa desde sua fundação até dezembro do ano passado, é a inexistência de membros do Conselho de Administração (Cosad) nos cargos da Direx. Essa instância passou a ser composta por executivos oriundos do mercado, e não necessariamente por pessoas do quadro de associados. Com a homologação do novo modelo pelo Bacen, em dezembro de 2016, a cooperativa contratou o executivo Carlos Emílio Flesch para o cargo de diretor Administrativo e Financeiro e o então gerente da UA-MAPA, Luiz Fernando Netto Lara, para a Diretoria Operacional. O cargo de superintendente, cujo ocupante auxiliava os diretores na gestão da cooperativa, foi extinto.
Atribuições do presidente do Conselho de Administração
Nessa nova estrutura, o presidente do Cosad é responsável exclusivamente por questões estratégicas, políticas e institucionais. Antes, além dessas atribuições, o titular do cargo também respondia pelas questões administrativas e operacionais. “Isso tinha impactos negativos para a cooperativa, já que muitas vezes questões pontuais acabavam se sobrepondo aos assuntos estratégicos”, observa Luiz Lesse Moura Santos, conselheiro presidente.
Lesse ressalta que o modelo adotado pelo Sicoob Executivo já é amplamente aplicado em empresas cuja gestão é estruturada em Conselhos de Administração e Fiscal, especialmente instituições financeiras de capital aberto (sociedade anônima). “Agora, temos mais agilidade e transparência nas decisões tomadas pelos órgãos administrativos da nossa cooperativa”.
As atribuições do Cosad permanecem inalteradas. Por lei, essa instância é responsável pela administração da cooperativa, aprovando regimentos, políticas e normativos, além de ouvir recomendações e necessidades do quadro social para traçar estratégias que devem ser executadas pela Direx. “Nossa cooperativa cresceu muito. Hoje, administramos uma carteira de crédito superior a R$ 49 milhões e temos mais de dez mil associados. Então, é preciso qualificar ainda mais a administração da nossa instituição. Estamos confiantes de que o modelo adotado foi a melhor escolha e isso certamente impactará positivamente nos nossos resultados e no serviço prestado”, explica.
AGE/AGO 2017
A mudança de governança foi votada na 36ª Assembleia Geral Extraordinária (AGE), no ano passado. Por isso, é importante que o associado vá à Assembleia Geral exercer seu direito de votar e decidir. Na próxima quarta-feira (26/4), será realizada a 34ª AGO e a 39ª AGE, que deliberará sobre nova proposta de mudança estatutária. Antes, foram realizadas pré-assembleias nas unidades de atendimento para apresentação das questões que compõem a ordem do dia das assembleias aos cooperados.
Venha decidir com a gente!
AGO/AGE 2017
Data: 26/4 (quarta-feira)
Hora: 1ª chamada: 12h; 2ª chamada: 13h, última chamada: 14h
Local: Esplanada dos Ministérios, Bloco D, Ed. Sede, Sobreloja, Brasília-DF
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Edição: Elizângela Araújo