Dívida pode ser entendida como compromisso que deve ser honrado e quitado no prazo combinado. Pensando assim, pode-se dizer que, até a data do vencimento, você está quite. A partir desse dia, você passa de endividado para inadimplente, ou seja, o acordo não foi cumprido. A palavra “dívida”, para muitos, é sinônimo de algo ruim e destruidor de patrimônios. Para outros, representa a realização de um sonho. Tudo vai depender do ponto de vista que se tem sobre a dívida.
O comerciante Jânio Chaves, 32 anos, contraiu várias dívidas em pequenas compras. “Teve época em que comprava tudo o que via. Roupas, calçados até a troca do carro. Comprava em prestações, sem planejar e achava que os valores cabiam no bolso. O susto veio em poucos meses, quando percebi que comprometi quase todo o salário só para pagar as dívidas” – diz.
Uma dívida boa é a contraída no presente para gerar ganhos no futuro, como explica o educador financeiro Silas Ramos. “O exemplo de uma dívida boa é o financiamento dos estudos, seja de faculdade, pós-graduação ou cursos que gerem ganhos reais de salário. Assim, pode-se dizer que a dívida se tornou um investimento” – explica Ramos.
Portanto, o conceito de dívida varia muito e depende da forma como o dinheiro é empregado. Quem prefere fugir das dívidas e tem um perfil mais conservador, opta por poupar até ter a quantia suficiente para comprar à vista.
Já as pessoas que dizem só conseguir constituir patrimônio por meio das dívidas e prestações devem rever alguns conceitos, uma vez que quase todos os financiamentos têm altas taxas de juros. “Pessoas que pensam assim trabalham dobrado, pois precisam arcar com os juros das parcelas. Quem paga à vista não costuma comprometer a renda futura”- finaliza o especialista.
Fonte: Oficina das Finanças