Julyete Louly
Hiperativa Comunicação
Hoje, na nossa série sobre os Princípios Cooperativistas, vamos falar sobre a quarta linha orientadora: “Autonomia e Independência”. De acordo com a Aliança Cooperativa Internacional (ACI), as cooperativas são associações de pessoas que se ajudam de forma mútua e voluntária em busca de suprir necessidades sociais, econômicas ou culturais, onde elas mesmas controlam a organização. Daí, entende-se que os cooperados são os únicos responsáveis pela sua gestão, não permitindo influência externa nas decisões. Esse princípio garante os valores democráticos, de transparência e honestidade. A Constituição Brasileira, promulgada em 1988, reforça a autonomia e independência das cooperativas em seu Art. 5º, Inc. XVIII: “a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, vedada a interferência estatal em seu funcionamento”.
Sendo assim, caso a cooperativa busque outros meios de captação de recursos ou apoio e parcerias com fontes externas, como governo ou empresas privadas, a autonomia e o controle democrático da cooperativa por parte dos seus membros não podem ser afetados, mantendo a independência e autonomia da organização. Além disso, essas parcerias não podem trazer privilégios ou favores aos administradores e executivos da cooperativa. O entendimento é de que as cooperativas têm de ser autônomas e independentes por conta da conjugação de esforços de seus associados, o que traz para os membros bônus e ônus, se o negócio der resultado ou perda. E, ainda, a influência externa é evitada para que não haja privilégios em detrimento da coletividade dos cooperados.
O que não pode ser confundido neste princípio é a falta de fiscalização. A cooperativa é livre de influência política e externa em seu funcionamento e é independente e autônoma para não prejudicar seus associados, mas deve obedecer princípios de orientação estatal. Apesar de o Estado não ditar o funcionamento da cooperativa, a regulamentação e supervisão de órgãos estatais devem ser respeitadas. No caso das cooperativas de crédito, como o Sicoob Executivo, elas são submetidas à supervisão do Banco Central e Conselho Monetário Nacional (CMN).
Venha decidir com a gente!
Como você leu, as cooperativas são geridas única e exclusivamente por seus associados e, para isso, é convocada Assembleia Geral para deliberação sobre assuntos de interesse de todos. Por isso, o Sicoob Executivo realizará no dia 26 de abril sua Assembleia Geral Ordinária (AGO) e Extraordinária (AGE) no Auditório Maior do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e reforça a importância da participação de todos os cooperados. O Conselho de Administração também convocou pré-assembleias nas unidades de atendimento. Já foram realizadas na UA-CNPq e Mapa. A próxima acontece hoje (13/4) na UA-INMET e na próxima quarta-feira (19/4), a da UA-SBN ocorre no auditório do Creci, por conta de falta de espaço na UA.
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Edição: Elizângela Araújo