Acompanhando a transição do Governo do Distrito Federal, um fato chamou a atenção de quem se interessa por finanças pessoais: funcionários públicos com salários atrasados estavam preocupados com os vencimentos das contas. Por mais que não se possa isentar a responsabilidade do Governo, é curioso pensar que os servidores, cujos compromissos mensais são previamente conhecidos, não tenham reservas financeiras para situações de emergência. Seja pela segurança do salário todo mês, por falta de conhecimento ou de planejamento, infelizmente não têm o hábito de poupar, comum entre os brasileiros.

Quais seriam os benefícios dessa reserva? Primeiro, a segurança em situações de imprevisto ou emergências, como problemas de saúde, danos em veículos ou atrasos de salário. Segundo, a liberdade de poder abandonar um emprego insatisfatório, estudar para um concurso público ou mesmo fazer uma pós-graduação em outra cidade.

E como planejá-la? A reserva ideal deve ser capaz de sustentar o estilo de vida do poupador por alguns meses. O recomendável seria entre seis meses e um ano. Para ser suficiente, pressupõe-se que o poupador tenha uma previsão sobre o valor do seu custo de vida. Segundo, montar essa reserva requer disciplina, e mais prudente seria retirar esse valor ao receber o salário, pois a tendência é que no fim do mês não sobre a quantia a ser depositada. Um bom conselho é separar um valor mensalmente e aplicar em algum investimento com boa liquidez, facilmente resgatável.

O atraso dos salários dos servidores do GDF serve para lembrar que, por mais seguro que seja um emprego, todos estamos sujeitos a crises externas e, nesses momentos, ter uma reserva financeira é o diferencial entre tranquilidade e desespero.