A estabilidade econômica trouxe aos brasileiros a possibilidade de planejar o próprio futuro financeiro. São boas novas, mas adquirir novos hábitos costuma ser difícil. Além de quebrar o antigo hábito de gastar todo o salário o mais rápido possível, herança da hiperinflação, ainda é preciso aprender a fazer sobrar dinheiro todo mês. E pra piorar, há o problema de descobrir onde colocar esse dinheiro.

Talvez a pergunta mais comum entre novos poupadores seja “Qual o melhor investimento?”. Infelizmente, a resposta não é tão simples quanto gostaríamos que fosse, simplesmente porque não existe o melhor investimento.

Se você perguntar a um nutricionista qual o melhor alimento do mundo, provavelmente receberá uma resposta evasiva. Alguns alimentos dão energia, outros reforçam a musculatura, e há aqueles que ajudam a garantir o bom funcionamento das diversas partes do corpo. Quando o assunto é dinheiro, ocorre a mesma coisa. Há locais para quem deseja juntar dinheiro para consumir num futuro próximo e aqueles para quem pretende deixá-lo aplicado por décadas. Há investimentos para quem quer proteger seu dinheiro da inflação e aqueles para quem quer apostar na prosperidade financeira de uma determinada empresa, setor ou país.

Outro fator que influencia a escolha do investimento é a disposição e capacidade para correr riscos. A primeira está diretamente ligada à educação financeira: quanto mais se estuda sobre investimentos, na teoria ou na prática, mais confortável a pessoa se sente para investir em ativos mais sofisticados. Já a capacidade para riscos depende muito da situação pessoal de cada um: quanto maior a idade e os compromissos financeiros (dependentes, dívidas, despesas fixas), maior a preferência por investimentos conservadores.

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