Quando o assunto é educação financeira, uma das grandes dificuldades das pessoas é aprender a dar valor ao pouquinho, ou seja, a pequenas quantias no dia a dia. É fácil reclamar, por exemplo, a cobrança indevida de uma tarifa de alto valor, mas quando a quantia é pequena, o trabalho de exigir seus direitos parece não valer a pena. Será que é assim mesmo?
A artesã e dona de casa Marize Machado pensa diferente. Ela tem muitos exemplos de situações em que voltou ao mercado ou telefonou ao serviço de atendimento ao consumidor (SAC) para pedir a troca do produto. Por exemplo, comprou caixinhas de suco com gosto desagradável, mesmo no prazo de validade. Resultado: após o registro no SAC, a empresa entregou novas caixinhas em sua residência. Problemas semelhantes foram detectados em iogurtes, produtos de limpeza e de higiene pessoal. “Já comprei um fio dental no supermercado e, ao chegar em casa e abrir a embalagem, vi que havia apenas a caixinha, sem o fio, ou seja, houve falha no processo de fabricação. Eu poderia relevar, mas reclamei porque dou valor ao meu dinheiro” – relata Marize.
Até as unidades são conferidas: “Em muitas promoções em que a empresa anuncia o “Compre 10 e leve 12”, por exemplo, é importante conferir, pois houve casos em que, em vez de 12, conferi e havia apenas 11 unidades do produto” – adverte a consumidora. Esse lembrete é especialmente válido para pais que compram biscoitos ou pacotes de lanchinhos para os filhos em grandes quantidades.
Por falar em lanches, as pessoas que dão valor a pequenas quantias são bastante atentas aos gastos com comida ou cafezinho na rua. Afinal, pequenos gastos, como três reais por dia somam valores significativos ao longo de um ano. Nesse caso específico, a economia dos R$ 3,00 diários equivale a R$ 750,00, aproximadamente, ao longo de um ano.
Fonte: Oficina das Finanças
Foto: MarcosSantos/USPImagens