O Natal é a data comemorativa que mais atrai consumo. Por isso, é muito importante se informar sobre o tipo de cadeia produtiva que está apoiando. Hoje, pode-se contar com sites e aplicativos que informam, por exemplo, se uma marca foi denunciada por incentivar direta ou indiretamente o trabalho escravo, se faz testes em animais ou outros tipos de impacto social ou ambiental que grande parte dos consumidores sequer imagina.
A ONG Repórter Brasil, por exemplo, é uma das maiores referências brasileiras e tem inúmeros estudos e relatórios, além de ser um portal de notícias sobre o tema. Em 2013, lançou o aplicativo de celular Moda Livre, que avalia as medidas que marcas e varejistas de roupa no Brasil tomam para combater o trabalho escravo. Usando critérios como políticas, monitoramento de fornecedores, transparência e histórico, o app classifica as empresas em um sistema análogo ao do semáforo: verde, amarelo e vermelho.
Outra fonte é o Ministério do Trabalho que, desde 2003, publica a lista de empregadores flagrados utilizando trabalho escravo no Brasil. Conhecida como “lista suja do trabalho escravo”, é composta de empresas e pessoas físicas, como fazendeiros, que foram autuadas a partir da fiscalização do Ministério.
Para quem quer comprar maquiagem ou produtos de limpeza, o site da ONG PETA (www.peta.org) atualiza periodicamente listas de empresas que não fazem testes em animais. Até multinacionais temem os efeitos de uma publicidade negativa. Isso indica que o consumidor informado tem o poder de escolher como consumir e, por isso, considera critérios como sustentabilidade e condições de trabalho que se tornam pautas na agenda das empresas. Por fim, uma boa sugestão, para quem quer mais informações, é acessar o site do Instituto Akatu em prol do consumo consciente (www.akatu.org.br).
Fonte: Oficina das Finanças