Julyete Louly
Hiperativa Comunicação
Setembro é o mês de campanha mundial de prevenção ao suicídio. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil, em 2016, foram registradas 11.433 mortes por suicídio, o equivalente a 31 casos por dia, sendo a quarta causa de morte no país. A questão é de saúde pública, já que estima-se que em nove de cada 10 mortes deste tipo, a pessoa estava sofrendo de depressão. No mundo, são 300 milhões de depressivos. No Brasil, 5,8% da população, 12 milhões de pessoas, sofrem com a doença, taxa acima da média global, que é de 4,4%. O dado coloca o país no topo do ranking na América Latina.
Na contramão do mundo, o Brasil registra ainda aumento na taxa de suicídio e uma das causas apontadas é a falta de políticas públicas para a prevenção. Por isso, é tão importante olhar com cuidado para si e para o outro. Conversar sobre seus sentimentos, ouvir o amigo que vem desabafar, quebrar tabus, superar estigmas e senso comum.
Depressão
A depressão é considerada pela OMS como o “Mal do Século”. A doença psiquiátrica afeta o emocional do indivíduo, que passa a apresentar sintomas. Ela altera quimicamente o corpo e pode tornar-se porta de entrada para outras doenças, como inflamações, podendo desencadear ainda AVC ou infarto, por exemplo.
É imprescindível o acompanhamento médico tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado. Além disso, o apoio da família e dos amigos é essencial.
Confira alguns dos principais sintomas da doença, de acordo com o Ministério da Saúde:
- irritabilidade, ansiedade e angústia
- desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas
- diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer
- desinteresse, falta de motivação e apatia
- sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero e desamparo
- pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa auto-estima
- sensação, inutilidade, ruína e fracasso
- interpretação distorcida e negativa da realidade
- dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento
- diminuição do desempenho sexual
- perda ou aumento do apetite e do peso
- insônia ou despertar matinal precoce
- dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos
É importante falar que tristeza não é depressão. A pessoa triste sabe que está assim e o motivo. Além disso, pensa frequentemente na causa. Geralmente, é algo temporário. A pessoa deprimida, torna-se triste sem motivo aparente (apesar de que pode haver um fato desencadeante insuperado) e permanece assim por longos períodos. O deprimido tem pensamentos suicidas.
Se você acha que está com depressão ou conhece alguém que esteja, busque ou indique ajuda médica e serviços gratuitos como o do Centro de Valorização da Vida (CVV), que presta atendimento pessoalmente, por carta, no chat do site cvv.org.br, e-mail e pelo telefone 188.
Edição: Elizângela Araújo