Morar bem, seja em relação a espaço ou a localização, é cada vez mais caro e difícil nas grandes cidades. Valores altos de aluguel e de condomínio se tornam barreiras para jovens adultos nos principais centros urbanos. Para residir perto do trabalho ou da faculdade, ou para ter um pouco mais de espaço, a solução pode ser a mesma adotada por universitários que migraram para estudar: dividir moradia.
Dividir valores de aluguel, condomínio e despesas básicas como luz, água e internet são vantagens óbvias de dividir moradia, mas não as únicas. Procurando em grupo, é possível encontrar espaços maiores com outros benefícios como quintal ou área de lazer.
É verdade que toda casa tem regras e supõe responsabilidades. Moradias compartilhadas e repúblicas não são diferentes. Exige-se ser flexível e saber ceder para não amargar a convivência mesmo nas horas difíceis. Perde-se em privacidade, mas pode-se ganhar em companheirismo. Para quem mudou de cidade sozinho, os habitantes do mesmo espaço viram uma espécie de nova família. Alan Mendes, professor e estudante da UnB, original de Patos de Minas, encontrou apoio em alguns dos muitos colegas com quem morou. “Quem não tem família perto acaba criando laços com quem mora. O último dia dos pais, por exemplo, eu passei com os amigos que não puderam passar o dia com seus pais, ou porque não tinham pais, ou porque não conseguiram visitá-los.”
Dividir espaço é difícil e requer paciência, mas pode ser experiência enriquecedora de crescimento e de preparação para cuidar de casa e ter família futuramente.
Fonte: Oficina das Finanças