“Cooperativas são, por princípio, espaços democráticos, então é natural que as mulheres também encontrem nelas um espaço de inclusão nos quais possam participar ativamente das decisões” – Aura Domingos, Conselheira de Administração do Sicoob Executivo.
Julyete Louly
Hiperativa Comunicação
As mulheres têm mostrado crescente participação nas cooperativas de crédito. O Banco Central (Bacen) estima que o número de cooperadas evoluiu de 38%, em 2012, para 41% em 2015. Baseadas na democracia e mutualidade, as cooperativas dão valor à diversidade para perseguir objetivos comuns, caracterizando-se como locais propícios à inclusão. No Sicoob Executivo, por exemplo, as mulheres representam 61% do público associado. Entre os funcionários da cooperativa, 57% são mulheres.
Aura Domingos, Conselheira de Administração da cooperativa, destaca o fato de o Sicoob Executivo ser uma cooperativa essencialmente feminina quando se trata de números. “Cooperativas são, por princípio, espaços democráticos, então é natural que as mulheres também encontrem nelas um espaço de inclusão nos quais possam participar ativamente das decisões. Além disso, ao contribuir para independência financeira da mulher, a cooperativa também quebra parâmetros até hoje muito masculinos em várias partes do país”, avalia a Conselheira.
Ainda de acordo com o BC, a participação feminina também tem crescido em funções executivas (diretoras e presidentas) nas cooperativas. Em fevereiro de 2016, contava com um percentual de 15% nas singulares, em todo o país. No Conselho de Administração, o número era de 13%. Já no Conselho Fiscal, a contribuição delas subiu para 22%. O Conselho Mundial de Cooperativas de Crédito ou Woccu, como é mais conhecido o World Council of Credit Unions, é presidido por uma mulher, Anne Cochran. Ela foi eleita em 2015 e é a primeira representante do sexo feminino a estar neste cargo.
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Edição: Elizângela Araújo